A denúncia é do ano passado, mas nos últimos dias voltou a tona pelos depoimentos dos envolvidos no suposto esquema de fraudes no Detran do Rio Grande do Norte e que poderia se ramificar pra Paraíba. Nas notícias publicadas na imprensa potiguar ainda no ano passado e reproduzidas por aqui, o valor que Zé Maranhão teria supostamente recebido era de R$ 1 mi. No entanto, no depoimento de delação premiada feito no Ministério Público, prestado pelo empresário Alcides Fernandes, ele afirmou que o valor recebido pelo ex-governador paraibano foi de R$ 500 mil. Confira a matéria na integra que foi publicada no portal de Natal.
Empresário cita propina de R$ 500 mil a ex-governador da PB
José Maranhão (PMDB) teria recebido de George Olímpio o valor, segundo Alcides Fernandes, para garantir a inspeção veicular no Estado.
O ex-governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), recebeu das mãos de George Olímpio propina de R$ 500 mil, entregues na casa do político, como forma de garantir que o grupo investigado por fraudes no Detran/RN poderia implantar os mesmos procedimentos no Estado vizinho, acusa o empresário Alcides Fernandes (na foto ao lado).
No depoimento de delação premiada que prestou em 02 de abril ao Ministério Público Estadual e ao qual o Nominuto teve acesso na íntegra, ele relatou que ouviu de George Olímpio e seu ex-cunhado, Eduardo Patrício, que o montante foi levado na mala do carro de George até o então governador da Paraíba José Maranhão, em 2010.
“Eu ouvi isso de ambos. O dinheiro foi levado na mala do carro. Não era para campanha, estava sendo dado ao José Maranhão. Foram R$ 500 mil para garantir a inspeção veicular. Eles achavam que a eleição estava ganha, que o José Maranhão não perdia de jeito nenhum. Quem entrou o dinheiro foi o Mou [Edson César Cavalcanti”, disse Alcides Barbosa.
Ironicamente, Maranhão perdeu. Em 27 de novembro passado, o Nominuto noticiou que o grupo doou quase R$ 500 mil, de maneira legal, com registros no Tribunal Superior Eleitoral, R$ 495 mil. Alcides diz não saber dessa doação. “Dessa eu não sei. Sei é dos R$ 500 mil”, comentou.
As doações foram feitas, conforme o TSE, por empresas ligadas a Gilmar da Montana à campanha de José Maranhão. Alcides comentou sobre o dono da construtora Montana: “A impressão que eu tive é que ele entrou para construir. Se pagou ou bancou propina para alguém eu não sei”, disse.
Blog com portal minuto.com