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IPM de João Pessoa: Áudios confirmam participação de ex-vereador como chefe de quadrilha

A denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB), relacionada as investigações da Operação Parcela Débito, atestam que o vereador Pedro Alberto Coutinho tinha envolvimento direto na quadrilha que vinha fraudando o Instituto de Previdência de João Pessoa (IPM).
 
De acordo com as investigações o parlamentar, que faleceu em maio deste ano, chegou a desviar algo em torno de R$ 25 milhões entre os anos de 2012 e 2016, período no qual Pedro Alberto Coutinho comandou o órgão.
 
Após a morte do parlamentar o seu lugar na organização teria sido ocupado pelo irmão, Carlos Alberto de Araújo Coutinho.
 
De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Octávio Paulo Neto, o esquema funcionava com a inserção de benefícios irregulares nos contra-cheques dos pensionistas, porém, o dinheiro a mais não chegava ao seu destino.
 
A ordem de pagamento seguia com o valor correto para o beneficiário e o restante era desviado para contas específicas, de pessoas que integravam o esquema. Pelo menos 13 das 20 pessoas com mandado de prisão expedidos são servidores efetivos da prefeitura. O esquema contava com a participação de servidores, ex-servidores e pessoas alheias à administração pública. Só parte dos destinatários dos “benefícios” tinham conhecimento do esquema.
 
As interceptações telefônicas feitas com autorização da Justiça mostram a troca de informações antes e depois da operação. Em várias delas, é possível ouvir Polyane Patrício Bezerra Cavalcante discutindo com Pedro Coutinho sobre a retirada do dinheiro supostamente desviado. A denúncia apresenta o ex-vereador já falecido como comandante de uma Organização Criminosa (Orcrim). Polyane chegou a ser presa no dia 24 de agosto, mas foi solta posteriormente e cumpre medidas cautelares.
 
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