O candidato a vice-presidente Fernando Haddad (PT), comentou em entrevista exclusiva ao Sistema Arapuan de Comunicação, as expectativas para as eleições deste ano e respondeu os questionamentos ácidos dos apresentadores Heron Cid e Gutemberg Cardoso.
Haddad afirmou que o PT vai com Lula até as últimas conseqüências e apontou que nesta quarta-feira (15), manifestantes estarão em Brasília para levar o protocolo de registro da candidatura de Lula, juntamente com o recurso para que ele seja candidato: "A lei ficha limpa tem um artigo que prevê que pode haver um recurso para que ele possa ser candidato e certamente vencer em outubro. Vamos com Lula até o fim", disse.
Questionado a respeito da sua agenda como candidato a presidência mesmo sendo vice, Haddad, comentou que isso é necessário pela situação em que Lula se encontra: "ele me colocou na vice para rodar o país e disse que eu seria seus pés para andar e sua voz para levar a mensagem do plano Lula de governo a todo o país", disse.
A respeito da presença de Manuela D'ávila, que desistiu da candidatura para apoiar Lula, Haddad não deu muitos detalhes da sua participação que é vista como a vice, enquanto o petista ascenderia à candidatura à presidência. Ele não quis verbalizar a possibilidade de Lula não disputar as eleições e afirmou que a partir do registro da candidatura é que o PCdoB integra a chapa.
Paulistano no Nordeste – Haddad disse que apesar de não ser nordestino conhece a região pelas inúmeras visitas que fez com o presidente Lula e destacou o período em que foi Ministro da Educação, elaborando diversos projetos, inclusive para o Nordeste. Ele foi taxativo ao afirmar que não vai abrir mão de Lula, uma vez que o povo não quer, e que a crise só termina com o petista na presidência. "Encarceraram ele por um processo que não para em pé, uma condenação sem provas e um processo todo torto para tirar ele da corrida eleitoral", alegou.
Dilma gerou a crise? – O candidato a vice negou que Dilma tenha gerado a crise pela qual o país ainda passa, afirmando que ao final do primeiro mandato da ex-presidente, o Brasil tinha a menor taxa de desemprego da série histórica. Ele acusou o senador Aécio Neves (PSDB), concorrente de Dilma à época de ter se aliado ao que de pior existe na política, citando Eduardo Cunha (MD) e Michel Temer (MDB) para gerar a crise e afastar Dilma sem que ela tivesse cometido nenhum crime de responsabilidade comprovado.
Haddad ainda afirmou que os adversários têm medo de Lula e por isso não o querem no debate.
Ricardo – Haddad disse que tem uma amizade antiga com o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e elogiou a postura do gestor paraibano ao se manter defendendo Dilma e Lula. "Sempre jogou a favor das instituições, sempre se manifestou contra essa bagunça toda que está acontecendo", finalizou.
Com Paraíba.com.br
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