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Conflito na Venezuela: Guaidó diz ter apoio dos militares e conclama população que vá às ruas

O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, convocou na manhã desta terça-feira (30) a população às ruas e declarou ter apoio de militares para pôr fim ao que ele chama de "usurpação" na Venezuela.
 
Autoridades do governo falam em tentativa de golpe de estado e convocaram apoiadores a se manifestar a favor de Nicolás Maduro. Houve disparo de bombas de gás nas ruas da capital, Caracas (veja imagens abaixo).
 
Guaidó afirmou em post em rede social que se encontra com as principais unidades militares das Forças Armadas e que deu início à fase final da chamada "Operação Liberdade" (leia mais abaixo).
 
"Povo da Venezuela, vamos à rua. Força Armada Nacional, a continuar a implantação até que consolidemos o fim da usurpação que já é irreversível", declarou Guaidó em post.
 
Em entrevista coletiva nesta manhã, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o Brasil espera que militares venezuelanos apoiem a "transição democrática" no país vizinho. Segundo Araújo, o Brasil ainda está reunindo informações sobre o que está ocorrendo no país vizinho nesta terça.
 
Nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro fará uma audiência de emergência para discutir a situação da Venezuela com o vice-presidente Hamilton Mourão e os ministros Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além de Araújo.
 
Pueblo de Venezuela inició el fin de la usurpación. En este momento me encuentro con las principales unidades militares de nuestra Fuerza Armada dando inicio a la fase final de la Operación Libertad.
 
O que diz o governo de Maduro
Até a última atualização Também por meio das redes sociais, o presidente Nicolás Maduro compartilhou mensagem do presidente boliviano, Evo Morales, no qual ele afirma condenar o que chama de "tentativa de golpe de estado na Venezuela por parte da direita que é submissa a interesses estrangeiros".
 
O ministro da Comunicação venezuelano, Jorge Rodríguez, falou em um "grupo reduzido" de militares que se posicionou para "promover um golpe de estado".
 
"Informamos ao povo da Venezuela que neste momento estamos enfrentando e desativando um reduzido grupo de efetivos militares traidores que se posicionaram na Rotatória Altamira para promover um golpe de estado contra a Constituição e a paz da República", disse o ministro da Comunicação.
 
O ministro da defesa, Vladimir Padrino, afirmou que as forças armadas seguirão firmes "na defesa da Constituição nacional e das autoridades legítimas" e que os quartéis reportam normalidade nas bases.
 
O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, alertou que o Ministério Público está juntando provas contra os "reincidentes nesta tentativa de atividade conspiratória à margem da legalidade".
 
Com G1
Foto da Capa: Carlos Garcia Rawlins/Reuters
 
 
Brasil e Estados Unidos
De acordo com a colunista Julia Duailib, até por volta de 10h, o governo brasileiro ainda apurava relatos não oficiais que chegaram a autoridades do Brasil de que um general importante do estado-maior das Forças Armadas venezuelanas já está do lado de Guaidó e que Maduro estaria planejando sua ida para Cuba.
 
O secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou, também por meio de rede social, que o governo norte-americano "apoia plenamente o povo venezuelano em sua busca por liberdade e democracia". "A democracia não pode ser derrotada", diz o post.
 
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