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Sexo sem estar casado pode virar crime na Indonésia, proposta causa tumulto no País

Dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas em cidades da Indonésia para se manifestar contra a tramitação de uma reforma do Código Penal do país. A mais polêmica das 628 mudanças propostas é a proibição do sexo entre pessoas que não são casadas.

O plano inclui também punições a insultos ao presidente, à maioria dos casos de aborto e à disseminação da ideologia marxista-leninista, entre outros pontos.

A reação negativa levou o presidente Joko Widodo a negociar o adiamento da votação do plano, mas os atos de rua não cessaram.

“A proposta foi adiada para que pudéssemos melhorá-la, acrescentar conteúdo em acordo com o que o povo quer”, afirmou o mandatário a jornalistas.

Manifestantes atacam um veículo da polícia durante o protesto de estudantes universitários fora do Parlamento da Indonésia, em Jacarta, na terça-feira (24) — Foto: Willy Kurniawan/ Reuters

Manifestantes atacam um veículo da polícia durante o protesto de estudantes universitários fora do Parlamento da Indonésia, em Jacarta, na terça-feira (24) — Foto: Willy Kurniawan/ Reuters

As autoridades usaram gás lacrimogêneo e canhões de água contra manifestantes reunidos nas proximidades do Parlamento — parte deles lançou pedras contra agentes de segurança.

Para o governo, um grupo se apropriou dos protestos para desestabilizar o Parlamento e a posse do presidente em seu novo mandato, em 20 de outubro. Widodo já havia enfrentado protestos violentos quando se reelegeu em maio — oito pessoas morreram e mais de 900 ficaram feridas em atos de apoiadores do candidato rival.

Nas mobilizações desta semana, diversas pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave. Mais de 200 pessoas já foram detidas nas maiores manifestações desde 1998, quando o líder Suharto foi derrubado.

Jornalistas também foram agredidos e intimidados durante a cobertura dos protestos, segundo a Aliança de Jornalistas Independentes (AIJ, na sigla em inglês).

Com BBC

Foto de capa: Reauters

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