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Ministro quer barrar o avanço das facções criminosas e marcar sua passagem pelo Governo

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, aposta no combate às facções criminosas como forma de tentar marcar seu exercício no Governo de Jair Bolsonaro e conseguir seu espaço no cenário político atual.

Moro tem encontrado dificuldades de fazer o pacote anticrime avançar no Congresso Nacional. A política de isolamento dos líderes das grandes organizações criminosas em presídios federais tem sido intensificada pelo Ministério comandado pelo ex-juiz da Operação Lava Jato.

De janeiro até a semana passada, o Ministério determinou a transferência de 321 chefes e integrantes de facções, a exemplo do PCC, Comando Vermelho e Família do Norte de celas de presídios estaduais para o Sistema Penitenciário Federal.

Com essa medida, o número de detentos dobrou em suas cinco unidades dobrasse. Ainda existe 400 vagas disponíveis. Na gestão de Moro na Justiça, a Polícia Federal passou a priorizar o combate ao crime organizado. Em governos passados, o órgão era voltado especialmente ao desmantelamento de esquemas de corrupção.

Além do aumento do número de presos, as cinco penitenciárias federais sofreram mudanças estruturais. Uma delas foi a construção de parlatórios de vidro, que acabaram com os contatos físicos entre presos e visitantes. “Os presídios federais não eram utilizados para isolar os presos”, afirmou o delegado federal Fabiano Bordignon, diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), subordinado a Moro.

“É um trabalho que tem sido bem árduo, mas os resultados estão aparecendo. Isso não quer dizer que a gente vai querer recorde de inclusão de presos”, completou ele, ao destacar que o uso do sistema federal “deve ser cada vez mais excepcional”.

No esforço para sufocar as facções que comandam presídios estaduais e territórios de vendas de drogas nas cidades, o ministério aposta também no uso da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), vinculada ao Depen e integrada por agentes federais e estaduais.

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