BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) — “Não temos dinheiro para pagar a dívida”, disse a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, na quarta-feira (24), em um evento no feriado de memória ao golpe militar de 1976.
Mesmo falando a militantes, em seu tom explosivo costumeiro, o discurso da presidente causou impacto nos mercados. A Argentina deve US$ 44 bilhões ao FMI (Fundo Monetário Internacional), uma dívida contraída durante a gestão de Mauricio Macri, antecessor do atual presidente, Alberto Fernández.
Nesta semana, o ministro da economia argentino está nos EUA tentando reestruturar a dívida com o fundo, e manteve conversas com a presidente do organismo, Kristalina Georgieva.
Fernández, em seu discurso de abertura de sessões legislativas, há três semanas, havia criticado Macri por haver contraído a dívida, mas que não estava nos planos do governo argentino descumprir o tratado e que a dívida seria paga, depois de reestruturada.