A ex-primeira dama da Paraíba, Pâmela Bório, foi obrigada a se retratar publicamente após proferir declarações difamatórias contra os juízes do estado. A decisão foi tomada pela 3ª Vara Criminal da Capital, em resposta a uma ação penal movida pela Associação dos Magistrados da Paraíba, que acusou Bório de difamar a categoria ao fazer acusações de corrupção e venda de sentenças.
As declarações de Pâmela Bório ocorreram durante um ato político realizado em abril de 2019, na orla de Cabo Branco, em João Pessoa. Na ocasião, em cima de um carro de som, ela afirmou que o judiciário paraibano era “cooptado e corrupto”, alegando a existência de juízes que vendiam sentenças e maltratavam pessoas como ela.
Posteriormente, em suas redes sociais, Bório publicou uma nota intitulada “(in)justiça”, na qual fez novas acusações contra os juízes, consideradas infundadas pela Justiça. Em sua retratação, divulgada em sua conta pessoal do Instagram, a ex-primeira dama pediu desculpas aos representantes da categoria.
“Reconheço que as afirmações extrapolaram a minha liberdade de expressão e a crítica razoável, torno pública minha retratação a cada um dos juízes que tenham se sentido ofendido”, escreveu.
Pâmela Bório esteve envolvida em intensos embates judiciais com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) pela guarda do filho do ex-casal. Além disso, ela também enfrenta denúncias da Procuradoria-Geral da República por suposta participação em atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.
Texto: MaisPB
