Espionagem da Abin atingiu o presidente da Câmara Arthur Lira

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O suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão de Jair Bolsonaro (PL) atingiu o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), um aliado do ex-presidente da República.

A lista de supostas vítimas da espionagem ilegal inclui, ainda, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), um adversário ferrenho de Bolsonaro e de Lira, além de outros parlamentares, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e jornalistas.

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Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal foi às ruas para cumprir cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em uma nova fase da operação Última Milha. Desde 2023, a operação investiga o possível uso ilegal de sistemas da Abin para espionar autoridades e desafetos políticos no governo Jair Bolsonaro.

Nesta nova fase, a apuração está robustecida por dados encontrados nos aparelhos celulares de ex-integrantes do órgão, que falam, inclusive, em usar monitoramento ilegal para “explodir” adversários.

As investigações evidenciaram a ocorrência de inúmeras ações clandestinas no período entre 2019 até 2022 e indicaram que os recursos humanos e técnicos empregados pela estrutura paralela valiam-se de sistemas oficiais e clandestinos.

Os investigadores chegaram até o nome de Lira após conversas entre os investigados Giancarlo Gomes Rodrigues e Marcelo Bormevet. “O militar Giancarlo destaca ao superior Bormevet que a ação de estirpe delituosa já teria sido realizada em relação a ‘Lira’ e ao ‘pessoal do Renan'”, revela o documento da decisão.

Os diálogos não detalham, entretanto, em que período exato foi feito o monitoramento ilegal de Lira, nem as motivações.

G1

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