O reajuste pode ser aprovado já nesta quarta-feira (29), quando o Conselho de Administração da petroleira se reúne.
Os cálculos ainda estão sendo feitos, mas integrantes da Petrobras afirmaram ao blog que o impacto na bomba deve ficar entre R$ 0,18 e R$ 0,24 por litro de diesel.
Em reunião com Lula, Magda Chambriard avaliou que a gasolina e o gás de cozinha, por enquanto, não precisam de reajuste nos preços.
Uma fonte a par do encontro afirmou que o governo recebeu as notícias (incluindo a necessidade de elevar o preço do diesel) com naturalidade.
O aumento dos combustíveis, em especial o diesel, preocupa o governo porque impacta diretamente a inflação e o preço dos alimentos – justamente no momento em que o governo busca aliviar o custo desses produtos na mesa dos brasileiros.
O problema, de acordo com o setor, é que há uma defasagem no preço dos combustíveis.
Gasolina combustível etanol diesel posto de combustíveis bomba — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), na semana passada a defasagem no óleo diesel chegava a 16% em relação ao preço internacional. Na prática, mais de R$ 0,50 por litro.
Na gasolina, ainda segundo a Abicom, a defasagem é menor, de 7%.
Fontes do governo afirmam que, em 2024, a Petrobras manteve preços dos combustíveis estáveis mesmo com queda do valor no mercado internacional – o que ajudou a empresa a fazer um “colchão” para amenizar as perdas de agora.
O governo tem maioria no conselho da Petrobras, que é uma empresa de capital misto – ou seja, também tem acionistas privados.