As declarações do presidente estadual do PL, Marcelo Queiroga, e do deputado estadual Sargento Neto (PL) expuseram uma divergência dentro do partido sobre a possível aliança com o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos) para uma candidatura ao Senado Federal.
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quarta-feira (29), Queiroga admitiu que o PL pode apoiar Nabor ao Senado caso o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), pai de Nabor, avance com a pauta da anistia ampla aos investigados e punidos por atos do 8/1.
“O partido pode apoiar, sim, a candidatura de Nabor ao Senado, caso o presidente da Câmara, Hugo Motta, paute e aprove a anistia ampla, geral e restrita. Se os Republicanos fizerem isso, terão nosso apoio”, afirmou Queiroga, condicionando o entendimento político a um gesto concreto de Hugo Motta no Congresso Nacional.
A fala, no entanto, não foi bem recebida por parte da bancada do PL. O deputado estadual Sargento Neto rebateu a posição do dirigente e defendeu que a pauta da anistia não deve ser utilizada como instrumento de barganha política.
“Dentro da minha opinião, nada deve servir de moeda de troca. A anistia é um tema nacional, que precisa ser tratado com responsabilidade e não como negociação. O que nós temos hoje é uma candidatura fortíssima, uma direita unida na Paraíba, uma direita fortalecida”, destacou o parlamentar.
A divergência ocorre num momento em que o PL tenta consolidar seu papel de liderança no campo conservador da Paraíba, equilibrando o discurso de fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro com as alianças locais que visam o fortalecimento do partido para as eleições de 2026.

