Façam um raciocínio rápido. O que aconteceria com o futebol paraibano se o poder público resolvesse não mais subsidiar os custos dos estádios Almeidão, Amigão, Perpetão e os demais, além de não bancar mais a energia elétrica, a segurança pública e cotas de patrocínio?
Falência, claro.
Pois bem, este é o retrato atual do futebol paraibano, que nos últimos quatro anos ficou mais sofrido, com clubes mais pobres e endividados. Pra não dizer falidos.
Até os gigantes daqui, como o Treze, vem sofrendo, também, por causa das gestões desastrosas na entidade representativa, que era para ajudar e fortalecer os clubes filiados. Mas, hoje, só quem cresce e prospera é ela, a Federação Paraibana de Futebol e o gestor ou gestora da hora. Claro.
Salvo raríssimas exceções, como o Botafogo, por exemplo.
Hoje, a FPF é comandada pela advogada Michelle Ramalho, eleita há quatro anos em um processo muito duvidoso e contestado até hoje nos tribunais. E pelo andar da carruagem, teremos mais uma eleição decidida no tapetão.
A atual presidente, em uma manobra pequena, infeliz, indiscreta e rasteira está querendo antecipar as eleições deste ano na FPF. Pleito este que só acontece, tradicionalmente, no final dos mandatos, ou seja, novembro ou dezembro de ano eleitoral.
Diante disso ficam algumas perguntas.
O que e por que Michelle pretende, ao antecipar o pleito?
O edital foi lançado e marca as eleições para o dia 23 de maio.
O empresário e candidato de oposição, Arlan Rodrigues já acionou a justiça comum, através de seus advogados, para tentar brecar essa antecipação do pleito.
No entanto, o que chama muito a atenção no edital, mais do que a própria antecipação do pleito, é que ele não tem nenhum paraibano em sua composição de colegiado. Os seis membros, três titulares e três suplentes, não sabem onde fica o Parque Solon de Lucena, a nossa Lagoa, cartão postal mais popular da capital paraibana.
Aliás, falando em forasteiro, quem não lembra do goiano da CBF, que veio coordenar as eleições de 2018, desembarcando na Odon Bezerra, em Tambiá, aos 45 do segundo tempo, e aos 46 filou uma nova agremiação, mesmo sem poder, com isso, aos 47 empatando o pleito com Eduardo Araújo, e aos 48, sem direito a VAR, ao apagar das luzes, desempatou a disputa nos critérios técnicos. Ganhava-se, ali, o campeonato da eleição, que, como já disse, ainda está sub judice.
Esse é o futebol paraibano.
Essa é a FPF, que assim como a mãe CBF, é um poço de lamaçal, tão profundo que não se vê o fim.