InícioDestaqueMa-fé e pequenez de Tovar

Ma-fé e pequenez de Tovar

O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, a terça-feira (30) para demonstrar, publicamente, um profundo desconhecimento sobre como funcionam os sistemas de museus e intercâmbios culturais. A investida do parlamentar, que insinuou um suposto desvio de obras do Museu de Arte Assis Chateaubriand (MAAC), de Campina Grande, não apenas revela ignorância sobre o tema, mas parece ter um objetivo claro: tentar criar um mal-estar artificial e tirar o brilho da importante inauguração do Museu de História da Paraíba, marcada para esta sexta-feira (3) no restaurado Palácio da Redenção, em João Pessoa.

A “denúncia” do deputado se baseia em imagens de obras do MAAC no Palácio da Redenção. O que Tovar apresentou como um mistério a ser desvendado é, na verdade, uma ação cultural de grande relevância, formalizada e transparente. A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) já havia tornado público, antes mesmo do pronunciamento do parlamentar, um convênio de intercâmbio cultural firmado com a Fundação de Apoio ao Ensino à Pesquisa e à Extensão (Furne), gestora do museu campinense.

O acordo prevê a cessão temporária de 10 obras do acervo do MAAC para compor a exposição de inauguração do Museu de História da Paraíba. Entre essas obras, estão justamente as que Tovar e ativistas citaram: “Perna de Pau”, de Cândido Portinari, e “Jesus”, de Pedro Américo. A autorização foi concedida pelo Ministério Público do Estado e pelo Conselho Diretor da Furne, afastando qualquer sombra de irregularidade.
Relacionadas
- Advertisment -

Mais Lidas