TCU atesta: Cruz Vermelha não pode gerir o Trauma

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""O governo sofreu um duro golpe nesta sexta-feira (9) com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), resultado de uma auditoria realizada no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.

Pelo sim, pelo não, é bom lembrar que atualmente o maior hospital público da capital é gerenciado pela Cruz Vermelha, uma organização não-governamental que não detém experiência técnica comprovada para gerir uma instituição do porte do Trauma.

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O TCU agiu por ter sido provocado pelo procurador-chefe do Trabalho na Paraíba, Eduardo Varandas Araruna (foto), que solicitou a investigação ao ministro Valmir Campelo, relator do processo relativo ao Trauma.

Quer dizer, os médicos que se rebelaram quanto a presença da Cruz Vermelha estavam certos quando criticaram a organização, cuja sede fica no Rio Grande do Sul.

O Tribunal de Contas da União concluiu várias falhas, entre elas:

. Cerca de 80% dos trabalhadores são terceirizados, inclusive médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros;

. A Cruz Vermelha foi contratada sem que houvesse justificativa para escolha da entidade e do preço do contrato;

. Mesmo sem preencher os requisitos legais, a Cruz Vermelha foi qualificada organização social, em que pese as ilegalidades;

Para o TCU, o contrato celebrado, na sua essência, não guarda características de contrato de gestão, mas de mera interposição de pessoa jurídica em substituição ao Estado.

O governo já vinha adotando outras providências para quando chegasse a esse momento. Prova disso, é que o coordenador da Cruz Vermelho, Edmo Campos, abandonou o posto e não deverá retornar mais a Paraíba.

Ele (Edmo) bateu de frente com o secretário Waldson de Sousa, que cobrou um melhor serviço de atendimento.

E agora?
 

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