Mesmo sendo do PSDB, imprensa nacional coloca Pedro Cunha Lima no time de Bolsonaro

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Pedro Cunha Lima durante sessão na Comissão de Educação na Câmara dos Deputados.

 

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Em 8 de setembro, a Executiva Nacional do PSDB divulgou que o partido será parte da oposição ao Governo Federal. O posicionamento ocorreu após os discursos golpistas do presidente Jair Bolsonaro contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nas manifestações pró-governo que aconteceram pelo Brasil no Dia da Independência, comemorado no 7 de setembro.

Em razão disso, o ClickPB entrou em contato com o deputado federal Pedro Cunha Lima, que também é presidente do Instituto Teotônio Vilela – órgão criado pelo PSDB para formar novos quadros políticos.

Em entrevista ao portal, o parlamentar disse que os políticos e membros do partido na Paraíba estão alinhados à Executiva Nacional, mas fez ressalvas ao defender que a posição adotada pela legenda seja “responsável”, criticando o que chama de “oposição do quanto pior, melhor”, em referência ao PT.

“Eu sou contra a oposição sistemática que o PT faz, que boicota tudo, fica contra tudo, ou seja, a oposição do quanto pior, melhor. Eu não acredito que caiba ao PSDB fazer isso. A gente tem um outro papel. A gente precisa apoiar as alterações nas reformas que o Brasil precisa ter. Agora, no campo político, é claro que Bolsonaro não me representa e o país precisa de um outro nome para conseguir respirar. Isso é evidente”, disse.

O deputado ressaltou que seu apoio ou oposição ao governo dependerá do tema. Ele se posicionou contrário na condução da pandemia até a chegada do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e reafirmou que continuará na oposição em projetos ideológicos para a educação pública. Já nas pautas de economia e enxugamento na administração pública vai manter o apoio.

De acordo com Pedro, o papel do partido é ajudar na criação de um projeto político não polarizado com condições de disputar as eleições em 2022.

“Bolsonaro gasta uma energia que mobiliza ao extremo pautas que visem tão somente a narrativa política de disputa de dois lados, a disputa de palanque. É impressionante como não se vê o presidente falando de reformas estruturantes para a superação de desafios. É só debate ideológico e é claro que país nenhum consegue crescer assim. Então, tenho muitas discordâncias no estilo [de governar], no resultado de gestão apresentado e dessa postura de querer conflito a todo instante. O Brasil não aguenta ficar refém disso”, concluiu.

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