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Grupo Wagner seria destruído de qualquer maneira, diz Putin

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ontem, segunda-feira (26), que o motim do Grupo Wagner seria destruído de qualquer maneira. Esse foi o primeiro discurso do líder do país após a ameaça dos mercenários no sábado (24), que se rebelaram contra o governo russo.

“Nenhuma chantagem vai ter resultados. Toda a sociedade russa, todos estávamos unidos pela responsabilidade pelo destino da nossa terra mãe. Desde o começo houve esforços para neutralizar a ameaça do motim armado”, afirmou Putin.

 

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Putin agradeceu os comandantes e soldados do próprio Grupo Wagner que não aderiram ao motim e que, segundo ele, evitaram o “derramamento de sangue”. Ele afirmou ainda que a maior parte dos combatentes do Grupo Wagner é de patriotas, e que ele vai manter sua promessa a aqueles que quiserem ir à Belarus (Putin prometeu não processar uma parte dos membros da milícia).

“Eles queriam que os russos lutassem uns contra os outros, eles sonharam em se vingar pelos próprios fracasso no front, durante a chamada contra-ofensiva, mas eles calcularam mal”, afirmou o presidente russo.

Putin não mencionou Yevgeny Prigozhin, o líder do grupo paramilitar Wagner, em seu discurso.

Segundo o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, nesta segunda-feira Putin se reuniu com os chefes das forças de segurança (inclusive com o ministro da Defesa).

Antes do pronunciamento de Putin, Prigozhin disse que a marcha em direção a Moscou, abortada após negociação com o governo russo, não tinha por objetivo derrubar o governo. Ele afirma que seus adversários eram os generais que estão no comando do Ministério da Defesa.

Entenda a crise na Rússia

A Rússia esteve perto de um confronto entre duas forças armadas na semana passada, quando um grupo de mercenários, o Wagner, ameaçou ir a Moscou para confrontar o Ministério da Defesa do país.

A marcha do grupo Wagner foi interrompida no sábado.

Prigozhin, de 62 anos, era um aliado de Vladimir Putin há mais de 20 anos. Ele ficou rico na Rússia fornecendo refeições para os órgãos de Estado e com a construção de edifícios para o governo russo.

Há alguns anos, Prighozin é o responsável pela empresa militar privada russa conhecida como Grupo Wagner. Essa milícia atuou em conflitos na Síria, no Líbano e no Sudão.

No começo da guerra da Ucrânia, o Grupo Wagner ficou de fora. Os mercenários só entraram em ação quando o exército russo começou a enfrentar dificuldades inesperadas na Ucrânia.

O Grupo Wagner tem um papel central na guerra. Depois de colocar seus combatentes na linha de frente, ele começou a recrutar prisioneiros russos para reforçar as tropas do país na Ucrânia.

Prigozhin e os líderes militares formais da Rússia estão em conflito político há meses. Prigozhin acusa o Ministério da Defesa de falhas na condução da guerra. Ele acusou os generais russos de boicotarem o Grupo Wagner ao não fornecer munição e, como resultado, culpou-os pelas mortes de seus combatentes “em montes” na Ucrânia.

No fim de junho, Prigozhin acusou os militares russos de atacarem seus combatentes em um acampamento na Ucrânia.

Depois da acusação, Prigozhin e o Grupo Wagner avançaram e tomaram a cidade de Rostov-on-Don e começaram a se dirigir a Moscou.

Prigozhin convocou os russos a se juntarem ao Wagner contra Shoigu e Gerasimov. Ele também acusou a dupla de mentir sobre a guerra na Ucrânia e subestimar as baixas. “Isso não é um golpe militar, mas uma marcha da justiça”, disse Prigozhin.

No sábado, Prigozhin concordou em dar meia-volta com suas forças e não marchar para Moscou.

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