Um trabalho que durou quase 10 anos. Se a quarentena vem sendo bastante complicada para a maior parte da população, que, naturalmente, se estressa com tantas horas confinadas em casa para tentar escapar do coronavírus, para uma pessoa em especial serviu para finalizar uma obra de arte. O tempo que faltava no dia a dia de uma vida cheia de afazeres se multiplicou nas últimas semanas e serviu para o corretor de imóveis Sérgio Costa terminar uma grande homenagem a uma das suas casas: o Almeidão. Com muito amor, talento, alguns litros de cola e mais de 23 mil palitos de fósforo, o artista fez uma miniatura belíssima do estádio pessoense.
Fanático pelo Botafogo-PB, como qualquer alvinegro Sérgio tem no Almeidão uma segunda casa. Onde, assim como em sua moradia oficial, divide alegrias, afetos, incertezas, tristezas e planos com uma família, mesmo que os encontros com os seus não durem mais de 90 minutos e tenham datas específicas.
Foi esse amor por um espaço que o clube de coração fez ser seu que levou Sérgio a construir uma linda homenagem. De palito em palito, de parte em parte, por um longo tempo, como quem sedimenta uma paixão por um time de futebol, Sérgio construiu o seu Almeidão, pequeno, com 60 cm de altura por 70 de largura, mas com uma dimensão sentimental incalculável.
– Eu tava olhando a internet e encontrei algumas coisas com palitos de fósforo. E pensei se seria possível fazer o Almeidão. Eu sou um cara muito apaixonado pelo futebol paraibano. Sou torcedor do Botafogo-PB e o Almeidão é minha segunda casa – comentou o artista.
Natural de Campina Grande, Sérgio Costa tem 59 anos e trabalha como corretor de imóveis. Em 1968 se mudou para João Pessoa onde começou a acompanhar o futebol paraibano. Em 1972 viu o Botafogo-PB pela primeira vez, em um amistoso contra o Treze, no Estádio da Graça. A partir dali, iniciou seu relacionamento amoroso com o Belo.
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