A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (21) a operação Paralelo 23, a terceira fase da Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo. Um dos investigados é o ex-ministro e hoje senador José Serra (PSDB), que já é alvo da Lava Jato por suposta lavagem de dinheiro.
A polícia constatou indícios de recebimento pelo parlamentar de doações eleitorais não contabilizadas que chegam a R$ 5 milhões. Os valores seriam repassados por meio de operações financeiras e societárias simuladas para ocultar a origem ilícita do dinheiro.
Em nota, Serra disse ter sido surpeendido pela “nova e abusiva operação” da PF em seus endereços e que “jamais foi ouvido” nas investigações. Também destacou a espetacularização nesse tipo de ação no Brasil e pediu rapidez nas investigações, a fim de não ter a honra manchada por “acusações falsas” (leia abaixo na íntegra).
Nesta terça, as buscas iriam se concentrar no gabinete do senador, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não permitiu a entrada dos policiais e afirmou que só liberaria o acesso com uma autorização do STF (Supremo Tribunal Federal). A PF então deixou o prédio e não se sabe se conseguirá a liberação.
As equipes também fazem buscas no apartamento funcional do parlamentar em Brasília. Serra, no entanto, está em São Paulo.
R7