Google sofre ação antitruste nos EUA

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e 11 Estados entraram com uma ação antitruste contra o Googlenesta terça-feira (20), por supostamente violar a lei ao usar seu poder de mercado para afastar rivais.

A empresa é acusada de pagar a outras companhias, como fabricantes de telefones celulares, operadoras e navegadores, entre elas a Apple, para manter seu sistema de buscas como o padrão.

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De acordo com o “The Wall Street Journal”, a empresa manteria o monopólio por meio de uma rede ilegal de acordos comerciais exclusivos e interligados que excluem concorrentes.

A gigante da tecnologia se defendeu, dizendo que o processo “é profundamente falho”.

“As pessoas usam o Google porque querem – não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas”, disse a empresa.

Investigada

A ação foi apresentada mais de um ano depois que o Departamento de Justiça e a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) começaram as investigações sobre monopólios em quatro grandes empresas de tecnologia: AmazonAppleFacebook, além do Google.

Sete anos atrás, a FTC realizou uma investigação envolvendo o Google. O órgão apontava, entre outras coisas, que a função de busca da empresa poderia favorecer os próprios produtos, incluindo resultados privilegiados para o YouTube, por exemplo.

No entanto, foi fechado um acordo, que foi contestado por alguns advogados da equipe da FTC. Nele, o Google se comprometia a licenciar certas patentes consideradas “essenciais” para rivais em telefonia móvel, como Apple, Research in Motion e smartphones equipados com a plataforma Windows, da Microsoft.

A empresa também deveria remover restrições no uso de sua plataforma de buscas de publicidade on-line, o AdWords.

“As mudanças que o Google concordou em fazer vão garantir que os consumidores continuem a ter os benefícios da competição na internet”, disse Leibowitz na época.

‘Chefão’ foi interrogado no Congresso

Sundar Pichai, presidente-executivo do Google, em audiência nos EUA — Foto: Reprodução

Sundar Pichai, presidente-executivo do Google, em audiência nos EUA — Foto: Reprodução

Em agosto passado, o presidente-executivo da Alphabet (empresa dona do Google), Sundar Pichai, foi interrogado pelo Congresso dos EUA ao lado de Mark Zuckerberg (Facebook), Jeff Bezos (Amazon) e Tim Cook (Apple).

Pichai e os outros líderes das gigantes da tecnologia se defenderam na audiência, onde foram acusados de abusar de uma posição dominante no mercado.

O presidente do Google foi questionado sobre acusações de que a companhia estaria “roubando conteúdo” de pequenos sites, com o objetivo de manter as pessoas conectadas à plataforma. “Não concordo com a caracterização dessa afirmação”, disse Pichai. “Sempre focamos em fornecer aos usuários as informações mais relevantes”.

Os 11 Estados que aderiram à ação têm procuradores-gerais republicanos. O senador republicano Josh Hawley, um crítico do Google, chamou o processo de “o caso antitruste mais importante em uma geração” e disse acreditar a empresa de mantém o poder por “meios ilegais”.

Mas a gigante da tecnologia também enfrenta críticas de democratas, como a senadora Elizabeth Warren. Em 10 de setembro, ela tuitou usando a hashtag #BreakUpBigTech, pedindo uma “ação rápida e agressiva” contra as grandes empresas do ramo.

G1

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