Finlândia realiza primeiros exercícios como membro da OTAN

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A Finlândia anunciou nesta quinta-feira que realizou seu primeiro exercício militar desde que ingressou na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), no começo do mês, com dois navios alemães e portugueses atracados simbolicamente no porto de Helsinque. Ambos os navios, o Mecklenburg-Vorpommern e o Bartolomeu Dias, devem fazer escala na capital finlandesa até domingo, anunciou a Marinha em comunicado.

Antes da chegada a Helsinque, os navios da Otan participaram, na quarta-feira, de um exercício organizado pela frota costeira finlandesa no Golfo da Finlândia, perto da Rússia, com três navios do país nórdico.

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O país nórdico, que partilha uma fronteira de 1.340 km com a Rússia, aderiu oficialmente à aliança militar ocidental, liderada pelos EUA, no começo de abril, pondo fim a décadas de neutralidade.

“É a primeira vez que a Finlândia e a frota costeira realizam um exercício e uma visita desde que a Finlândia se tornou membro da Otan”, disse a Marinha em um comunicado.

Nos últimos anos, o país já havia realizado exercícios militares com a aliança militar, já que fazia parte da Parceria para a Paz da Otan, que tem agora 20 países-membros. O programa visa a criação de confiança entre a aliança e outros países da Europa e da antiga União Soviética.

Embora tenha uma população de apenas 5,5 milhões de pessoas e não esteja entre os principais fabricantes de armamento do mundo, a Finlândia possui indicadores militares comparáveis às maiores potências bélicas do mundo.

Um dia depois de concluir sua adesão à Otan, a Finlândia anunciou a compra de um sistema de defesa antiaérea de alta altitude no valor de US$ 346 milhões (R$1,7 bi), para substituir o descomissionado sistema BUK, adquirido décadas atrás da União Soviética. E esse não é o único investimento.

Com relação aos países bálticos — Letônia, Estônia e Lituânia —, ex-repúblicas soviéticas vistas por muito tempo como alvos mais frágeis dentro da aliança, a entrada da Finlândia também oferece um grau extra de segurança.

O país dispõe de defesas costeiras elaboradas e uma marinha de águas rasas adaptada para as costas rochosas do Báltico, o que confere uma possibilidade a mais de defesa. No mar, o país também confere um poderio ofensivo, com capacidade de combate no Ártico e na Lapônia.

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