"O ‘distritão’ tem as digitais de Cunha e Temer", diz Anísio Maia

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O deputado estadual Anísio Maia (PT) criticou, nesta quarta-feira, 10, a aprovação do "distritão" pela Comissão Especial da Reforma Política da Câmara dos Deputados: "A proposta visa beneficiar os deputados que já têm mandato. Porém, significa o fim dos partidos políticos e do voto ideológico. A política passa a ser assunto para os mais ricos e mais famosos e, ao invés de debates, teremos reuniões de celebridades sem militância política" analisou.
 
De acordo com a proposta aprovada, serão deputados eleitos os mais votados em cada estado e, desta forma, ficarão obsoletos não apenas os partidos políticos, mas, também os votos nos demais candidatos não eleitos. Por se tratar de uma mudança na Constituição, para que esteja vigorando nas eleições do próximo ano, precisa ser aprovada até 7 de outubro em Plenário, com 308 votos na Câmara e 49 votos no Senado.
 
"O sistema proporcional e os partidos políticos precisam ser aprimorados porque são necessários para a democracia. O 'distritão' é outra ideia do Congresso contra o povo e aprofunda os problemas ao invés de trazer soluções. A proporcionalidade garante a representação de segmentos minoritários  da sociedade.  Um partido que tenha, por exemplo, dez candidatos com 40 mil votos pode não eleger nenhum parlamentar se outra legenda tiver dez candidatos com 41 mil votos. Ou seja, teremos 400 mil votos sem representação," explicou o parlamentar.
 
"Temos um Congresso contra o povo. Esta mesma proposta já foi apresentada em 2015 por Eduardo Cunha. É um movimento para, em momento posterior, se instalar o parlamentarismo no Brasil. Só assim,Temer e o seu grupo conseguem permanecer no governo. A base de Cunha eram 267 deputados e 264 livraram Temer de uma investigação. Este é o mesmo pessoal que está desmantelando o Estado brasileiro e atacando os direitos do povo. O distritão tem as digitais de Cunha e Temer" concluiu.
 
 
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